A Polícia Federal indiciou o atacante Bruno Henrique, do Flamengo, por estelionato e fraude em competição esportiva. A investigação aponta que o jogador teria participado de um esquema de apostas envolvendo a manipulação de cartões amarelos em partidas do Campeonato Brasileiro.
De acordo com informações obtidas pelo portal Metrópoles, o indiciamento foi formalizado na última segunda-feira (14/4), após a PF analisar cerca de 4 mil mensagens trocadas no WhatsApp. Embora muitas conversas do celular do jogador estivessem apagadas ou vazias, os agentes encontraram indícios comprometedoras no aparelho do irmão de Bruno Henrique, Wander Nunes Pinto Júnior, também alvo da operação.
As mensagens apontam que o atleta teria planejado receber um cartão amarelo de forma deliberada durante a partida entre Flamengo e Santos, realizada em 29 de outubro de 2023. Em conversas datadas de agosto daquele ano, Wander questiona se o irmão estava “pendurado” com dois cartões e sugere que ele tome o terceiro quando o “pessoal mandar”. Bruno Henrique responde: “Contra o Santos”.
O atacante ainda acrescenta que não reclamaria em campo e que “só se entrasse forte em alguém” poderia receber o cartão. Em resposta, Wander celebra: “Boua já vou guardar o dinheiro, investimento com sucesso”, indicando que planejava apostar no evento.
Para os investigadores, os diálogos demonstram que o jogador repassou ao irmão informações antecipadas sobre o plano de ser advertido em campo, com o objetivo de favorecer apostas. A PF considera esse comportamento como parte de um esquema criminoso de manipulação de resultados.
Além de Bruno Henrique e seu irmão, outras dez pessoas foram indiciadas no mesmo inquérito. O caso ainda será analisado pelo Ministério Público, que decidirá se oferece denúncia à Justiça.