Nelly Cristina Venite de Souza Maria, de 27 anos, foi assassinada com 16 facadas no sábado (19/5) na quitinete na qual morava, em Conchal, interior de São Paulo. O suspeito do crime é o namorado da jovem, que morava perto de sua residência e está foragido. O homem foi visto fugindo do local do crime, usando o carro da vítima. A Polícia Civil trata o caso como feminicídio e está à procura do suspeito, cujo nome não foi divulgado.
Conforme o relato de uma vizinha, ela ouviu gritos de socorro vindo do apartamento de Nelly e entrou em contato com a Polícia Militar. Antes da chegada dos policiais, os gritos cessaram e o suspeito fugiu do apartamento. Segundo as testemunhas, havia um outro rapaz no carro. Os policiais encontraram Nelly já morta, com ferimentos na cabeça, tórax e braços. Ela também tinha sinais de estrangulamento. O corpo foi levado para o Instituto Médico Legal (IML) de Limeira, município de São Paulo.
Alunos do curso de obstetrícia da Universidade de São Paulo (USP), onde Nelly se formou, usaram as redes sociais para manifestar pesar pela morte e repudiar o crime. Conforme a postagem, Nelly tinha uma história de luta pela humanização do parto.
“A dor que sentimos, agora, pelo crime de feminicídio no qual interrompeu sua vida também é a dor pela perda de uma companheira ativista, que fortaleceu o ideal de uma profissão. Lutamos pelo fim da desigualdade de gênero e da violência contra mulheres”, diz a carta, assinada pelo Associação de Alunos e Egressos do Curso de Obstetrícia da USP e pela Casa Angela – Centro de Parto Humanizado.
Nelly trabalhava no Hospital e Maternidade Madre Vannini, em Conchal (SP). Ela é responsável por acompanhar gestações, partos e pós-parto de risco habitual ou baixo risco. A profissional é inscrita no Conselho de Enfermagem de São Paulo.