A presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Cármen Lúcia, marcou para esta quinta-feira (22/3) o julgamento do habeas corpus preventivo de Lula. A análise pelo plenário da Corte poderá definir se o ex-presidente será ou não preso nos próximos dias. Ele foi condenado na segunda instância da Justiça Federal a 12 anos e um mês de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro no caso do triplex do Guarujá (SP). A análise ocorre em um momento de crise no alto poder do Judiciário brasileiro, onde na quarta a sessão foi marcada por bate-boca. Os ministros Luis Roberto Barroso e Gilmar Mendes uma discussão acalorada com a reunião tendo que ser interrompida.
O bate-boca ocorreu no julgamento sobre o anonimato nas doações feitas a campanhas políticas. Enquanto proferia seu voto, Gilmar Mendes fez críticas à presidente do STF e disse que ela seria lenta para trazer ações de habeas corpus para análise do plenário. Depois, defendeu a legitimidade das doações feitas por empresas a políticos e passou a criticar decisões e posicionamentos de outros ministros da Corte. Após um embate de argumentos com o ministro Luiz Fux, teve início a briga entre Mendes e Luís Roberto Barroso, que interrompeu a fala do colega e desferiu acusações graves:
“Você é uma pessoa horrível. Uma mistura do mal com o atraso e pitadas de psicopatia. Isso não tem nada a ver com o que está sendo julgado. É um absurdo Vossa Excelência vir aqui e fazer um comício cheio de ofensas, grosseria. Vossa Excelência não consegue articular um argumento, fica procurando. Já ofendeu a presidente, já ofendeu o ministro Fux, agora chegou a mim. Vida para a Vossa Excelência é ofender as pessoas”, disse.
Barroso continua: “Vossa Excelência nos envergonha. Vossa Excelência é uma desonra para o tribunal. Uma desonra para todos nós. Um temperamento agressivo, grosseiro, rude. É péssimo isso. Vossa Excelência, sozinho, desmoraliza o tribunal. É muito ruim, muito penoso para todos nós ter que conviver com Vossa Excelência aqui. Não tem ideia, não tem patriotismo, está sempre atrás de algum interesse que não é o da Justiça”.
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