Em entrevista coletiva na noite de hoje (26), no Palácio do Planalto, os ministros Raul Jungmann, da Segurança Pública e General Sérgio Westphalen Etchegoyen, Gabinete de Segurança Institucional, demonstraram que o governo está perdido e sem rumo. Ambos tentaram minimizar a greve dos caminhoneiros e não apresentaram nenhuma alternativa, efetivamente, para finalizar o movimento. O discurso foi em tom ameaçador. Questionado pela imprensa sobre o apoio da população ao movimento, o general Etchegoyen demonstrou que o governo não está preocupado com a opinião dos cidadãos.
Jungmann chegou dizer que tratava-se de um movimento egoísta e informou que desde o início da paralisação de caminhoneiros, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) emitiu 400 autos de infração, com multas que somam R$ 2,03 milhões, correspondente a infrações de trânsito.
Jungmann disse ainda que tem sido aplicadas as multas de R$ 100 mil por hora contra entidades ou empresas que estejam promovendo interdições de estradas pelo país, conforme estipulado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo o governo, a Polícia Federal (PF) já abriu 37 inquéritos para investigar empresários que tenham incentivado a paralisação das atividades de transporte de cargas, crime chamado de locaute. Jungmann mencionou já terem ocorrido prisões, sem dar mais detalhes.
Sobre os bloqueios parciais na estrada, ele disse que ainda há 566 pontos, pois outros 524 pontos foram liberados pelas forças de segurança. “Um número praticamente meio a meio entre aquelas que se encontram liberadas e interditadas”, disse o ministro durante entrevista à imprensa no Palácio do Planalto. “Tivemos seis casos em que o desbloqueio não se deu de foma negociada, em que tivemos que utilizar o choque da Polícia Rodoviária Federal, pórem sem vítimas”, acrescentou o ministro.
